Nesta terça-feira (22) a Receita Federal divulgou que a arrecadação da União com impostos e outras receitas atingiu o recorde de R$ 203,17 bilhões em setembro e, em comparação ao mesmo período em 2023, representou um aumento real de 11,61%, ou seja, descontada a inflação, em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA).
Esse número também representou o melhor desempenho arrecadatório para o acumulado de janeiro a setembro, já que no período alcançou R$ 1,93 trilhão, representando um acréscimo, corrigido pelo IPCA, de 9,68%.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, explica que é possível ver “no desempenho da arrecadação em setembro, comparado com o ano passado, um crescimento bastante expressivo, explicado em parte pelos indicadores macroeconômicos”.
Além disso, a situação de calamidade no Rio Grande do Sul também fez com que houvesse uma arrecadação extra no mês de setembro, pela prorrogação dos prazos para o recolhimento dos tributos em alguns municípios do estado gaúcho.
Uma outra influência para esse aumento foi a tributação dos fundos exclusivos, atualização de bens e direitos no exterior e retorno da tributação do Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre combustíveis.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda acrescentou, em entrevista, que o recorde de arrecadação deve-se principalmente à recomposição da base fiscal, por meio de medidas de ajuda às camadas mais ricas.
Com informações da Agência Brasil